Disse Victor Hugo que as palavras têm a leveza do vento e a força da tempestade. Pois a brutalidade do impacto das palavras está em evidência por toda parte. No tribalismo funesto e contagiante da redes sociais, nos grampos que mostram políticos fazendo o possível para obstruir a justiça e as investigações da Lava-Jato, nas paixões transformadas em fúria e confusão mental. Muita confusão mental.
O viés voluntarioso, a vontade de pertencer a um grupo e agarrar-se fielmente às suas ideias, quase dogmas, o tribalismo que caracteriza todos nós, desde sempre. Nada disso é novidade, tudo isso está refletido na citação de Victor Hugo, essa que ecoa desde o Século XIX. A tempestade das palavras, a fúria intempestiva provocada pelas reações que nascem das vísceras, expelidas antes de serem processadas pelo intelecto.
Dia desses senti isso diretamente ao escrever texto sobre o descalabro fiscal de Dilma desvelado pela nova equipe econômica. Entre desmerecimentos, adjetivos, e indignação constatei a confusão que domina o Brasil dividido, a perda do terreno comum. Mostrar os desmandos do governo Dilma, os onze milhões de desempregados, o duro ajuste de contas com a realidade de um País esfolado até os ossos, quebrado, não é aval ao governo Michel Temer. Repito: não querer a volta de Dilma Rousseff não se traduz em chancela automática ao governo interino. Sobretudo quando somos solapados com a brutalidade das palavras de seus integrantes, com a desfaçatez, também presente no governo de Dilma Rousseff. Afinal, não esqueçamos: Temer-Adão é costela de Dilma-Eva. Costela será, até que se revele o contrário. Não tem muito tempo para isso.
Brutalidade, leveza. A arte da leveza é para poucos. Marília Altenburg Brasil, mais tarde, Marília Brasil Baumgarten, minha avó, cento e um anos nesse planeta. Cento e um anos nesse Brasil. Cento e um anos de leveza, em meio a muitas perdas, muitas decepções, dificuldades, tristezas. Cento e um anos de alegrias, saúde, netos, bisnetos, tantos bisnetos. Pessoa de delicadeza incomum, de força descomunal. Pessoa que está a deixar-nos com a mesma leveza que viveu seus cento e um anos, completados no último seis de maio.
Hoje penso nela, ela de nome Brasil. Nela e em sua leveza, leveza que falta ao Brasil.
Democracia precisa maioria. O último a fazer ajustes sendo minoria, foi Figueiredo. Ou então, no fundo do poço, como Collor. O Temer não vai fazer. Não esta no fundo, e quando estiver, já saiu.
ResponderExcluir"Disse Victor Hugo, essa que ecoa desde o Século XIX. A tempestade das palavras, a fúria intempestiva provocada pelas reações que nascem das vísceras, expelidas antes de serem processadas pelo intelecto. Brutalidade, leveza. A arte da leveza é para poucos." " Quando somos solapados com a brutalidade das palavras de seus integrantes, com a desfaçatez" Que não é privilégio do governo Dilma e não deverá ser de outro qualquer, pois a sociedade aceitou passivamente por décadas tal comportamento. Não será agora, quiça daqui algumas décadas, com otimismo. Se de algo temos que concordar é de que o petismo e seus cúmplices fazem da palavra produto final de uma destilaria de ódio. Naõ ceio pelas medidas que não tiveram coragem nem competência em tomar, más sim pela perda do poder. Isso é que dói!
ResponderExcluirPor isso, nem Temer , nem Dilma, novas eleições 2016.
ResponderExcluirPor isso, nem Temer , nem Dilma, novas eleições 2016.
ResponderExcluirNão vejo possibilidade, começando pelos aspectos legais, pelo tempo escasso e valores disponíveis. O Temer está legitimado pelo ordenamento jurídico sob auspícios do STF.
ResponderExcluirNova eleição só interessa ao PT, acreditando na sobrevivência, e à tanto eles procuram inviabilizar o governo Não fazem nada por patriotismo, se não por interesse partidário em procurar se manter no poder. É exatamente o que a Dilma vem fazendo em suas andanças e queria fazê-las mandando a conta pro Estado que ela quebrou por incompetência e outros atriutos populistas.
Vc imaginou o clima de insegurança caso decidam por nova eleição? Qualquer recuperação começa com a expectativa, e bem agora que ela começa a fluir, vamos zerar tudo e o País afunda mais.
ResponderExcluirQUe votem bem para prefeito e vereadores e deixem o Temer trabalhar.